As mais recentes informações apontam que a CBF está vivendo um dilema em relação à sequência do Brasileirão Série A. Devido às situações catastróficas no Rio Grande do Sul, três das 20 equipes que compõem a primeira divisão do futebol brasileiro seguem sem condições de ao menos pensar em futebol.
Diversos jogadores e membros das comissões técnicas de Internacional, Grêmio e Juventude estão totalmente preocupados neste momento em garantir a sobrevivência de seus amigos, seus familiares e de pessoas próximas que estão em áreas afetadas na cidade de Porto Alegre e nos demais municípios afetados pelas tempestades.
Por isso, Internacional, Grêmio e Juventude encaminharam uma nota oficial para a CBF pedindo o adiamento de seus jogos do Brasileirão e da Copa do Brasil até pelo menos o dia 26 de maio. No entanto, nas últimas horas tivemos uma subida de pressão nos bastidores segundo a ESPN Brasil, e os clubes gaúchos estão procurando os demais clubes pensando na paralisação do Brasileirão como um todo. No entanto, o que seria o mais ideal neste momento?
Paralisação do Brasileirão é questão de urgência
O sol voltou ao Rio Grande do Sul desde o último final de semana e a chuva deu uma trégua, mas infelizmente, a manutenção de um fenômeno de calor concentrado no Sudeste mais uma vez concentrará a umidade de um ciclone que está sendo formado na Argentina, e por isso, o estado mais uma vez será alvo de fortes tempestades nos próximos dias.
Considerando também que o Aeroporto Salgado Filho encontra-se fechado, o cenário mais ideal neste momento consistiria na paralisação do Brasileirão por pelo menos uma semana, adiando todos os jogos para que tenhamos menor desequilíbrio possível na tabela dos jogos, pois o adiamento de 3 jogos por rodada também afeta as equipes adversárias dos times gaúchos.
Viabilizar jogos de times gaúchos é para um segundo momento
Neste momento não existem condições para os clubes gaúchos pensarem em futebol, mas quando a tragédia ter seus efeitos mais controlados (algo que ocorrerá aos poucos e de forma gradual), o ideal seria repetir o que clubes ucranianos fazem desde o início da guerra contra a Rússia (guardadas as suas devidas proporções):
Internacional, Grêmio e Juventude precisarão se instalar temporariamente em outro estado para treinar e mandar seus jogos no Brasileirão e na Copa do Brasil, considerando as terríveis condições de seus estádios e centros de treinamento, buscando minimizar o prejuízo esportivo.
A falta de bom senso no futebol brasileiro
No entanto, como informado pela ESPN, a situação que deveria ser simples virou algo complexo justamente pela falta de bom senso: muitos clubes não estão endossando a paralisação total do Brasileirão e a CBF também está com receio desta ideia justamente por conta do dinheiro, do lucro, da bilheteria, das receitas de televisão.
Mais uma vez, mesmo com as 90 mortes confirmadas, os mais de 100 desaparecidos, os mais de 300 feridos e as centenas de milhares de desabrigados no Rio Grande do Sul, falta bom senso no futebol brasileiro.
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