A Polícia Civil de Pernambuco prendeu na manhã desta sexta-feira (15) três torcedores do Sport suspeitos de participar do ataque ao ônibus do Fortaleza, após o empate em 1 a 1 entre os times pela quarta Copa do Nordeste, na madrugada do dia 22 de fevereiro.
As prisões são fruto da operação “Hooligans”, nome que faz referência aos tradicionais torcedores ingleses que são mundialmente conhecidos devido ao comportamento violento. Nesta operação, a Polícia Civil cumpre sete mandados de prisão, além de outros sete de busca e apreensão na capital pernambucana e em Jaboatão dos Guararapes e Camaragibe, que integram a região metropolitana do Recife.
“A investigação foi iniciada em fevereiro de 2024, com o objetivo de identificar e desarticular associação criminosa voltada à prática dos crimes de tentativa de homicídio, provocação de tumulto e dano”, informa a nota da Polícia Civil.
🚨🚔 | Ação da polícia sobre o atentado ao ônibus do Fortaleza
Mandados de prisão e apreensão de materiais estão sendo cumpridos nesta manhã nas cidades do Recife, Jaboatão dos Guararapes e Camaragibe. pic.twitter.com/iJtBfcM5Ym
— Ana Beatriz Venceslau (@abiavenceslau) March 15, 2024
Polícia em ação
Ao todo, 60 policiais, entre eles agentes delegados e escrivães, participam da Operação Hooligans, que conta ainda com o apoio da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco. A realização da mesma partiu do Comando de Operações e Recursos Especiais (CORE) e tem como presidentes os delegados Paulo Moraes e Raul Junges, da Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva.
Os três presos foram encaminhados para o Complexo de Operações e Recursos Especiais da Polícia Civil, que fica no bairro do Ouro Preto, em Olinda.
Relembre o ataque
Após o empate em 1 a 1 na Ilha do Retiro, casa do Sport, a delegação do Fortaleza saiu em um ônibus em direção ao aeroporto. Porém, o veículo foi atacado por cerca de 100 torcedores da Torcida Jovem do Sport, maior organizada do clube, que arremessaram pedras e bombas caseiras no ônibus do Fortaleza.
Na ocasião, seis jogadores do Tricolor de Aço ficaram feridos. O lateral-esquerdo Escobar, com um trauma cranioencefálico, e o goleiro João Ricardo, que tomou seis pontos na cabeça, foram as vítimas com lesões mais graves do atentado. Além dos danos físicos, houve ainda os danos psicológicos devido ao trauma sofrido em decorrência do atentado, caso do atacante Thiago Galhardo, que foi liberado para tratar da saúde mental dias após o lamentável episódio.
Punição
Por conta do ataque, o STJD condenou o Sport em primeira instância e impôs ao clube a pena de oito jogos com portões fechados, além da perda da carga de ingressos destinada à sua torcida nas mesmas oito partidas em que for visitante. A diretoria do Leão já recorreu da sentença.
