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Presidente da FIFA volta a pedir derrota automática em casos de racismo

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, reafirmou sua proposta de impor uma derrota automática a clubes responsáveis por incidentes racistas em partidas de futebol. A ideia inicial foi apresentada por Infantino em janeiro, após o goleiro Mike Maignan, do Milan, sofrer ofensas racistas durante um jogo contra a Udinese, válido pelo Campeonato Italiano.

“Devemos assumir nossas responsabilidades. É preciso impor uma derrota automática aos clubes responsáveis”, declarou Infantino. Ele propõe a implementação de um protocolo em três etapas para lidar com casos de racismo durante os jogos: a interrupção da partida até duas vezes antes de declará-la abandonada.

A proposta ganha destaque após um episódio recente no Campeonato Italiano, onde o jogo entre Milan e Udinese foi temporariamente interrompido devido a ofensas racistas direcionadas a Maignan. O goleiro relatou as ofensas ao árbitro, resultando em uma paralisação de aproximadamente cinco minutos. Os jogadores chegaram a deixar o campo, retornando pouco depois para retomar a partida, que terminou com vitória do Milan por 3 a 2.

Os casos de racismo no futebol europeu voltaram a ter destaque no ano passado, quando Vinicius Júnior passou por inúmeros casos desse tipo, principalmente contra Atlético de Madrid e Valencia. A postura de La Liga foi muito criticada naquela época, principalmente pelo presidente da Liga, Javier Tebas, e as atitudes do Valencia ao chamar o atacante brasileiro de “mentiroso” pelas acusações de racismo.

A FIFA e os casos de racismo

Apesar de propor a derrota automática para os envolvidos nesses casos, Infantino pediu para os clubes se unirem para tentar encontrar soluções para o racismo no futebol:

“Há muitos incidentes racistas nos últimos tempos. É preciso parar issso. O racismo é crime, é preciso erradicá-lo. O que fazemos não é suficiente. O que eu sugiro, todos juntos, nos três meses que vêm, antes do congresso da Fifa, em maio, é que nós trabalhemos para encontrar soluções,” disse o presidente.

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